O prefeito Fernando Haddad esteve na Mooca, na quinta-feira, 5, para vistoriar as obras do teatro Arthur Azevedo, situado na Avenida Paes de Barros, fechado para reforma desde julho de 2012. Na ocasião, o prefeito também falou sobre os assuntos da cidade, inclusive sobre a saúde pública na Zona Leste.
TEATRO
Inaugurado em 1952, o teatro foi um dos primeiros equipamentos de cultura da região, elaborado pelo arquiteto modernista Roberto Tibau. O espaço, que é patrimônio público tombado desde 1992, está passando por restaurações no palco e plateia, para a implementação de estruturas com ar-condicionado, nova vestimenta cênica, iluminação e som. O teatro também será adaptado para acessibilidade, com espaços mais largos entre os assentos. Por esse motivo, os 430 lugares serão substituídos por 380, para dar mais conforto e segurança aos espectadores. O subsolo que antes abrigava um restaurante, agora será uma sala-coringa, uma espécie de camarim comunitário, para atender companhias com muitos atores.
NOVO ANEXO
A Prefeitura investiu R$ 5,4 milhões para a restauração e ampliação do espaço. Silvana Santopaolo, arquiteta responsável pelas obras do teatro, informou que as novas instalações serão compostas por um prédio anexo (em fase de finalização) de 571,74 m², onde abrigará salas de cursos de cenotecnia, camarins ligados à parte de traz do palco, refeitório, banheiros, administração e um mezanino externo composto por um novo restaurante, que antes era localizado no subsolo do antigo prédio. A reinauguração do teatro Arthur Azevedo está prevista para o início de 2014.
SAÚDE NA ZONA LESTE
No fim da visita, o prefeito concedeu entrevista aos jornalistas. A reportagem perguntou sobre a questão da saúde na Zona Leste. Conforme publicado pela Gazeta, na edição de 18 a 24 de agosto, para marcar consulta com clínico geral e especialidades, é necessário esperar cerca de dois meses para ser atendido. Contudo, um dos planos de governo de Fernando Haddad é a implantação da Rede Hora Certa nos equipamentos de Saúde, porém até o momento, apenas o Hospital Municipal Alípio Correa Neto, em Emelino Matarazzo, na região, possui o sistema, que foi inaugurado na segunda-feira, 2.
“Estamos fazendo um monitoramento da necessidade de atendimento. Não podemos esperar a Rede Hora Certa (parte física) ficar pronta para dar resposta a essa fila”, informou Haddad, completando que para dar suporte as regiões em que a fila para atendimento à saúde é maior, será implantada a Rede Hora Certa Móvel, equipamento que realiza exames com alta capacidade tecnológica.
Sobre a implantação da Rede nos hospitais municipais na Mooca, Tatuapé, Vila Alpina e demais regiões da Zona Leste, o prefeito disse que até o final do ano, a meta é que três equipamentos da Rede Hora Certa Móvel estejam circulando pela cidade para a realização de exames.
Questionado sobre se o sistema atenderia a urgência na saúde da população, Haddad afirmou que os equipamentos terão capacidade para fornecer uma grande quantidade de exames. “Cada unidade pode realizar dez mil exames por mês. Três vezes dez mil são 30 mil exames, em um ano, são mais do que toda fila. Chamamos de Hora Certa Móvel, porque a Rede fixa exige construção civil e a móvel não, contratamos o serviço e ela faz exatamente o que é necessário.
ATENDIMENTO MÉDICO
Para saber como será o atendimento prestado nas unidades móveis da Rede Hora Certa, como por exemplo, encaminhamento médico após o resultado dos exames, uma solicitação foi enviada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A instituição informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que “os exames oferecidos nas unidades (colonoscopia, ecocardiograma, endoscopia digestiva alta [EDA], eletroneuromiografia, nasofibrolaringoscopia e diversos tipos de ultra-sonografia), devem ser agendados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), através do Sistema Siga (agendamento automático) para pacientes que já estavam na fila de espera por esses procedimentos”.
A SMS ressaltou ainda, que “após os exames, os pacientes retiram o resultado na hora, exceto nos procedimentos de endoscopia e colonoscopia, e depois do recebimento dos resultados, eles devem retornar à unidade de origem para avaliação do médico que solicitou o exame”. Sobre pacientes que tiveram alterações importantes nos exames, como suspeitas de câncer, a SMS afirma que “serão direcionados com prioridade às unidades de origem, as quais também farão busca ativa destes usuários para que seja dado o devido seguimento do tratamento dentro das linhas de cuidado estabelecidas pela SMS”.