As fortes rajadas de vento e as chuvas mais intensas se tornarão mais frequentes. Além do problema das enchentes, as quedas de árvores já voltaram à tona e muitos moradores estão preocupados com as ações de prevenção da Prefeitura. Isso porque muitas espécies estão podres, por conta da ação de cupins, enquanto outras cresceram descontroladamente e as copas criaram um desequilíbrio com relação ao tronco. Em consequência desses fatores, os acidentes provocam a danificação a veículos, a destruição de parte de imóveis residenciais e empresas, e até mesmo a morte de pedestres.
Na semana anterior, quem estava em uma feira gastronômica na Praça Santa Terezinha, no Tatuapé, viveu momentos de pânico com a queda de uma árvore de grande porte. Apesar de dezenas de barracas estarem montadas, a espécie atingiu o espaço que estava vazio. Após o drama, a equipe de podas e ajardinamento da Prefeitura retirou a árvore e aproveitou para cortar uma outra espécie próxima à que havia tombado.
Nos dois casos, os funcionários deixaram os tocos das árvores no local e não houve o replantio de novas espécies. Aliás, essa é uma discussão que os moradores da região têm levado a reuniões de associações e entidades. Segundo Vera Lúcia, por exemplo, a falta de reposição tem deixado o solo mais impermeável, pois, pouco tempo depois, os espaços são cobertos por cimento.
“Secretaria afirma que há vistoria”
Conforme a Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, as equipes trabalham no manejo diariamente, não só prevenindo quedas, mas cuidando das árvores existentes e que são importantes para a cidade. O órgão revelou, ainda, que existe uma rotina de trabalho de vistoria, poda, remoção e replantio, que acontece cotidianamente.
De acordo com a secretaria, o trabalho preventivo contempla vistorias das árvores, que são realizadas por 74 engenheiros agrônomos divididos nas 32 subprefeituras. Com base no cadastro de cada exemplar no Sistema de Gerenciamento das Árvores Urbanas (SisGau), os profissionais rondam os bairros onde atuam e fazem uma avaliação com base em 80 itens técnicos para determinar se aquela espécie está doente ou se tem risco de cair.