O Lar Sírio Pró-Infância, localizado na Rua Serra de Bragança, 1.086, Tatuapé, está festejando os seus 100 anos de existência. O espaço é uma instituição de impacto socioeducacional e sem fins lucrativos. A entidade, atua no enfrentamento das desigualdades, com projetos assistenciais diferenciados e inovadores. Com base nesses princípios, o Lar acolhe, protege, educa e prepara para a vida profissional.
TRANSFORMAÇÃO
De acordo com Elaine Bueno Silva, superintendente da instituição, neste ano foi dado início ao projeto de transformação do entorno. Conforme Elaine, a ideia é que, através da visão socioeducacional, possa se trabalhar em redes. “Queremos engajar pessoas físicas e empresas do bairro, além de contar com o apoio do poder público e de outras empresas do terceiro setor. Assim, daremos vida a projetos complementares para apoiar os mais vulneráveis”, contou.
HISTÓRIA
A história da instituição começou em 1923, quando a colônia síria de São Paulo resolveu criar um espaço para ajudar cinco órfãos da comunidade.
ORFANATO SÍRIO
A partir daquele momento, criou-se o Orfanato Sírio, implantado em um terreno de 15 mil m2 comprado do português Manuel Jacinto Pavão. Em uma casa simples, que já havia no terreno, foram instaladas as crianças e mais um casal para tomar conta delas. Em 1945, foram comprados os últimos 10 mil m2 do mesmo terreno, formando o que hoje é todo o espaço entre as ruas Serra de Bragança, Apucarana, Cantagalo e Itapura.
NOVOS ESPAÇOS
No seu começo, o lugar atendia apenas crianças sírias, mas logo abriu espaço para as brasileiras. Com o aumento da demanda, a colônia se uniu para apoiar financeiramente a construção de novos espaços de atendimento. Assim, as famílias que viviam no Brasil faziam doações para que se pudesse construir as diversas casas e pavilhões que ocupavam o terreno do orfanato, que chegou a abrigar cerca de 200 crianças.
CÔLONIA SÍRIA
Desde 2015, o Lar Sírio não possui mais nenhuma criança em regime de internato, ou seja, a função de orfanato não existe mais. Hoje, a instituição, que continua sendo administrada por membros da colônia síria, atende 2.500 crianças e adolescentes por ano em diversos programas sociais e profissionalizantes.