A exposição “Mova-se! Clima e deslocamentos” ficará em cartaz, no Museu da Imigração (MI), até janeiro de 2025. Aliás, o projeto curatorial tem correalização com a Organização das Nações Unidas (ONU) e foi desenvolvido de forma orgânica pela equipe do MI com a participação de diversos parceiros.
FENÔMENOS COMPLEXOS
Além disso, o público tem a oportunidade de compreender a existência de vínculo entre a mudança global do clima e a mobilidade humana. Assim, ficam evidenciadas as diferentes maneiras pelas quais a ciência, os agentes sociais (associações, ONGs e OIs) e as artes lidam com fenômenos tão complexos.
TRÊS MÓDULOS
Sobretudo em um cenário tão complexo, a abordagem escolhida na exposição foi a de fluir junto às pessoas e às organizações que estão se mobilizando e pensando sobre os desafios atuais. Dessa forma, os três módulos que compõem a temporária, “Tempo de Saber, Tempo de Agir” e “Tempo de Sentir”, são dispostos a partir de diferentes saberes. Igualmente, contam com recursos de instalações, vídeos, conteúdos em realidade virtual, dados de observatórios e instituições, fotos, depoimentos e objetos.
GRANDE DESAFIO
“Da mesma maneira, a mudança global do clima tem impactos negativos significativos em ecossistemas, recursos hídricos e vida humana. Nesse ínterim, essa nova exposição do Museu da Imigração traz um tema urgente. Por fim, reativa o grande desafio de sensibilizar a consciência coletiva sobre as situações emergenciais que alteram as condições de sobrevivência e podem resultar em um aumento nos deslocamentos forçados de pessoas”, explica Alessandra Almeida, diretora-executiva do Museu da Imigração.
CICLOS NATURAIS
Ademais, o meio ambiente sempre foi um fator de migração, e os deslocamentos ao redor do mundo mostram como as sociedades são afetadas por outras espécies ou pelos ciclos naturais. Além do panorama atual e das perspectivas do futuro, a exposição contextualiza o papel da Hospedaria de Imigrantes do Brás. Nesse sentido, além de ser o prédio que abriga hoje o MI, apresenta histórias sobre acolhimento. Certamente também por consequências de questões ambientais, como a Grande Seca, no século XIX, que expulsou milhares de cearenses para outras partes do País, e as enchentes em São Paulo da década de 1920. O museu fica na Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca. Funcionamento: de terça a sábado, das 9 às 18 horas, e domingo, das 10 às 18 horas. Ingressos: R$ 16,00. Grátis aos sábados. Não possui estacionamento.