A Parceria Público-Privada (PPP) para a construção de 33 novas escolas irá oferecer mais 35,1 mil vagas de tempo integral na rede estadual de Ensino Médio e dos anos finais do Ensino Fundamental. As unidades funcionarão no turno de nove horas, contribuindo para a expansão de um modelo de ensino que mostra melhores resultados em avaliações e queda na evasão escolar.
ENSINO PEDAGÓGICO
O ensino pedagógico das escolas da PPP continuará sob responsabilidade da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc). Caberá ao futuro concessionário a construção, gestão e operação das estruturas. O projeto foi qualificado pelo governo em maio e a previsão é lançar o edital para leilão ainda em junho.
MAIS DEDICAÇÃO
“Uma das diretrizes da Secretaria é ampliar o número de ofertas de ensino integral. Os estudos mostram que os alunos aprendem muito mais em português e matemática no ensino integral. Ou seja, o tempo que o aluno dedica ao estudo é diretamente proporcional ao nível de aprendizado”, explica o secretário-executivo da pasta, Vinícius Neiva.
MELHOR APRENDIZADO
A Seduc possui 2.332 escolas no Programa de Ensino Integral (PEI), o que corresponde a 44% da rede estadual. Um estudo do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação e Economia Social (Lepes), em parceria com a Secretaria e o Instituto Sonho Grande, mostrou que jovens que frequentaram o Programa Ensino Integral (PEI) nos anos finais do Ensino Fundamental entre 2013 e 2019 aprenderam 10 pontos a mais em português e 14 pontos a mais em matemática na escala Saresp em relação aos estudantes da rede pública de tempo parcial.
MENOR TAXA DE EVASÃO
Além disso, o PEI melhora os indicadores de permanência dos jovens na escola. Para o tempo parcial, os pesquisadores calculam que a taxa de evasão é de 10,7%, sendo que no PEI a taxa cai para 9%.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
As atividades complementares do PEI são compostas pelas disciplinas de Orientação de Estudos, Protagonismo Juvenil e Projeto de Vida. Para o secretário-executivo, as atividades estimulam o protagonismo do aluno. “É uma escola mais adequada, mais voltada para o interesse individual de cada um. Isso traz para o aluno o protagonismo. A gente pretende desenvolver esse jovem dentro da escola e entregar à sociedade cidadãos mais completos e íntegros, que possam contribuir com a sociedade”, ressalta.