Com ruas em que o índice de roubo de carros é alto, o Tatuapé é visto com atenção pelas polícias Civil e Militar. Há cerca de uma semana, o tenente coronel Benedito Pereira, comandante do batalhão responsável pelo bairro, entre outras regiões, afirmou que os maus hábitos de alguns motoristas favorecem os bandidos. Na última sexta-feira, 14, esta Gazeta entrevistou o delegado titular do 30º DP – Tatuapé, José Matallo Neto, para obter as suas impressões com relação à mesma questão e também descobrir as ações da Polícia Civil no que diz respeito ao roubo de veículos.
Para o delegado, quando o motorista é surpreendido pelo bandido, a primeira coisa a fazer é ficar calmo, não reagir e evitar qualquer movimento brusco. “Geralmente quem está mais nervoso é o ladrão e não o condutor do carro”, explicou. Matallo também relata que, antes de ocorrer o pior a pessoa deve ter a atitude de sempre manter o vidro do veículo fechado e, se possível, usar uma película de escurecimento permitida por lei. Outra questão lembrada pelo titular do 30º DP foi sobre a atenção dos condutores de veículos para motociclistas com garupas. “Às vezes o acompanhante está lá para praticar o roubo. Então, caso, perceba, é melhor tentar seguir por outra direção”, indicou.
COMBATE AOS ROUBOS
Sobre o combate a estes roubos, o delegado afirmou que os investigadores vêm trabalhando com o objetivo de encontrar os receptadores, sejam eles donos de desmanches ou revendedores de veículos roubados.
No Tatuapé não há desmanches, mas existe uma preocupação com os bairros que fazem divisa de área. “O problema mais recente enfrentado pelos policiais estava relacionado ao furto de rodas, porém, com a prisão de duas quadrilhas especializadas, os crimes diminuíram bem”, ressaltou Matallo. Além disso, ele avisou que existem equipes nas ruas, de manhã, à tarde e de madrugada, investigando casos que levem a outros criminosos.
SEGURO DE CARROS
Com base nesta realidade, alguns seguros de automóveis chegam a valores estratosféricos dependendo da região em que mora o dono do carro. Segundo o corretor Anderson Mamprim, quem tem residência em ruas como Serra de Japi, Apucarana e Francisco Marengo, corre o risco de pagar mais para assegura o bem. Apesar disso, ele disse que o problema atinge toda a Zona Leste.
Os valores mais altos de seguros recaem sobre carros de modelo Uno e Pálio, da Fiat. Além dos dois, o Gol também tem preço salgado. Motivos: elevado índice de roubos e furtos e falta de peças de reposição quando os veículos necessitam de reparos. “Neste último caso, mesmo alguns modelos importados passam pelo mesmo problema”, explicou Mamprim.