Parece que estamos começando a nos aproximar do ponto chave da questão: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. É bem esse o dilema de nossos ilustres representantes ocupantes da presidência da República, pois, como se sabe, embora não oficialmente, o nosso País, desde a eleição de Dilma, sempre teve dois presidentes, um de direito e o outro de fato, pois, jamais Lula abandonou o poder e continua sendo o mentor de todas as coisas. Nada se faz que não passe por seu crivo.
A coisa começa a ficar tão boa, que arma-se uma guerra bastante salutar, entre o Executivo e o Legislativo.
O Legislativo incentivou, o tempo todo, todas as investigações da Operação Lava Jato no sentido de buscar o verdadeiro responsável e sua fiel escudeira. As investigações evoluíram e acabaram no núcleo político, onde o processamento só pode ser feito no STF.
Face às denúncias, abriram-se duas frentes, uma na busca de investigar o Lula, o grande chefe, e outra, na avançada investigação dos nossos nobres parlamentares. Aí o Eduardo Cunha – o grande algoz de Lula e Dilma, pois, ocupou-se da Câmara e tem feito coisas jamais imagináveis, impondo a ambos todo tipo de derrota, passando mesmo a comandar o País -, diz, ao estar sendo acusado de pedir propina de US$ 5 milhões, que a culpa é do Ministério Público e de Janot e diz mais, lançando a culpa sobre o Executivo, o procurador-geral da República obrigou o depoente delator Julio Camargo a mentir, tentando escapar daquilo que praticamente todos já sabiam. Só faltava o processo chegar no STF.
Quanto a Lula, a investigação está na suspeita de que tenha favorecido a Odebrecht e recebido dela “vantagens econômicas”, e sabe Deus quantas vantagens. Para isso a Procuradoria da República abriu o procedimento investigativo criminal, para apurar o que já se sabe de há muito, a prática de Lula de tráfico internacional de influência em favor da construtora, influindo em atos praticados por agentes públicos estrangeiros, notadamente dos governos da República Dominicana e de Cuba, além da África, onde muitas obras foram entregues à Odebrechet e com financiamento do BNDES e por agentes públicos federais brasileiros.
Inicia-se uma guerra de acusações e de insultos de todos os lados; os investigados querem escapar de qualquer maneira e encontrar responsáveis; pensaram que passariam a vida inteira sem serem importunados.
O Executivo quer destruir o Legislativo, hoje mais forte do que nunca, porque tomou as rédeas da administração do País e não se deixa mais levar pelo Executivo em troca de favores, e o Legislativo, que experimentou o gostinho do poder e não quer, neste momento em que poderá mais do que nunca tripudiar sobre os cadáveres dos petistas que estão no volume morto, perder esta chance, pois, até poderão assumir de vez ao poder, diante da eminente queda de Dilma e seu padrinho.
Bem que o Lula comentou: a coisa ainda vai ficar pior. Ele sabia que tudo isso viria à tona, o avanço das investigações rumavam para isso, não havia como escapar e com certeza não escapará ninguém, a menos que eles consigam anular tudo e arquivar processos bem na forma petista, mas o povo está muito bem informado e mesmo que isso aconteça ninguém aceitará a impunidade, aliás, o povo os punirá, pois já tem a consciência do erro que cometeram e o crime contra o País. Toda esta recessão, a perda do poder, a descrença em promessas eleitorais, tudo isso já tomou conta mesmo dos menos avisados e refletirá, sem dúvida, em uma tentativa de virada de mesa dos petistas.
“O lobo perde o pelo, mas não perde o medo”. Viram o que aconteceu com o Collor? O pior é que ele diz que foi uma afronta, uma invasão a sua privacidade e que foi punido sem julgamento. Ele realmente é muito desonesto, falar em invasão de privacidade, um homem que invadiu a caderneta de poupança de toda população e nunca mais devolveu o dinheiro, tanto que, até hoje, os tribunais estão abarrotados de processos aguardando julgamentos sobre as perdas sofridas por todos em seus planos mirabolantes que só serviram para afundar o País. O pior é que o elegeram senador. Realmente o povo não tem memória e responsabilidade. Um homem como Collor nunca mais deveria ser eleito a nada, nem poderia voltar à política e voltou. Quem sabe ainda se candidate a presidente. O pior é que poderá ser eleito.
Já que Executivo e Legislativo estão em guerra, vamos torcer pelo nosso Judiciário, para que não se deixe contaminar e para que prossiga nessa luta inglória de investigar e descobrir os verdadeiros responsáveis por tudo que aí está e puní-los.