Moradores do Jardim Anália Franco seguem reclamando da enchente na Avenida Vereador Abel Ferreira esquina com a Rua Engenheiro Cestari. Em alguns momentos, carros e motos precisam esperar o volume de água baixar para poder seguir pelas pistas. Muitos motoristas afirmam que depois que o Metrô iniciou as obras da Estação Anália Franco a situação piorou muito.
ENGENHEIROS DEVEM AGIR
As pessoas querem saber se o Metrô fez intervenções nas galerias de águas pluviais para poder implantar as estruturas da estação. Ana Vasconcelos, por exemplo, revelou achar estranho que, mesmo diante de repetidos alagamentos, não tenha ocorrido um diálogo entre a Companhia do Metropolitano e a Prefeitura. “Os engenheiros das partes envolvidas precisam se posicionar a respeito da questão. Afinal, quem teve o veículo coberto pelas águas ficou com o prejuízo. Nesse sentido, caberia uma indenização. Porém, a ação é contra o Estado ou o município?”, indignou-se Ana.
DEMORA NO ESCOAMENTO
Por outro lado, Carlos Dias relatou que as águas demoram para escoar. Segundo ele, isso o leva a crer que a Subprefeitura Aricanduva/Formosa/Carrão não está executando a limpeza de bocas de lobo. “Ao mesmo tempo, não se viu nenhuma medida emergencial tomada pela Prefeitura para evitar os danos atuais. É provável que as obras do Metrô levem mais de um ano para terminar. Com isso, pergunto: quem transita nas proximidades terá de se precaver porque a subprefeitura não faz o seu papel?”, criticou.
METRÔ RESPONDE
“O Metrô esclarece que as obras da futura estação Anália Franco não têm qualquer relação com os alagamentos da região. Como já informado anteriormente à Gazeta do Tatuapé e Gazeta da Zona Leste – e é informado constantemente aos moradores, por meio da Central de Relacionamento – o Metrô não reduziu a capacidade de drenagem do local. As obras também contam com licenciamento ambiental e de instalação dos canteiros, com o plano de mitigação dos impactos dos trabalhos. Portanto, é equivocada qualquer afirmação relacionando as obras da Linha 2-Verde às enchentes da região.A Companhia monitora diariamente o entorno do canteiro para observar possíveis alterações, constatando a baixa quantidade de pontos de drenagem (bocas de lobo), que não dão vazão à água das chuvas, o que não é responsabilidade do Metrô. Também é necessário observar que o relevo da região favorece a caída da água da chuva e sua concentração em pontos específicos, resultando nos alagamentos.”
PREFEITURA NÃO APONTA AÇÃO DE INFRAESTRUTURA
As Subprefeituras Mooca e Aricanduva/ Formosa/Carrão informaram que, no dia 7 de fevereiro, fortes chuvas atingiram a Rua Engenheiro Cestari e a Avenida Vereador Abel Ferreira. Na oportunidade, uma equipe de hidrojato foi deslocada para os endereços. Após os trabalhos de zeladoria, o local foi reestabelecido e as vias liberadas.
ANO PASSADO
Nas regiões de Mooca e Aricanduva, em 2022, foram limpos 2.258 metros de galerias e 49.592,50 metros de ramais. Além disso, foram retiradas cerca de 44.404 toneladas de detritos nos córregos, em 82.921 metros de extensão. Também foram podadas 8.872 árvores e realizados 7.766.976 m² em corte de mato e grama.
PLANTÕES
As administrações municipais programam a escala das equipes para os plantões no decorrer das chuvas, sobretudo no período noturno e aos fins de semana. Além da prontidão das equipes em cada subprefeitura da cidade, a SMSUB possui o Centro de Controle Operacional que monitora 24 horas o cenário meteorológico e os equipamentos de contenção de enchentes da cidade (piscinões) enviando informações aos responsáveis de cada subprefeitura sobre a possibilidade de ocorrências pelos eventos de chuvas.
OBRAS
A Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) entregou, na bacia do Rio Aricanduva, os reservatórios Taboão, Aricanduva R3, R6, R7 e R8 para auxiliar na contenção das enchentes na Zona Leste. Todos já estão em operação.
A prefeitura já não fazia nada quanto a limpeza; mas agora com a obra da estação Anália Franco piorou MUITO sim. Eles alteraram ruas, uma delas em frente ao Shopping fica tão alagada que o Metrô quebrou a parte debeixo do muro para escoamento da água e mesmo assim não resolve. A quantidade de água que entra na obra é absurda, fica um lago no terreno; acho que a estação será Subaquática, ou será inundada sempre que chover.