O Conselho de Segurança do Parque São Jorge (Conseg) se reuniu na última segunda-feira, dia 14, no salão da Igreja Nossa Senhora de Fátima, na Vila Luiza. A reunião foi conduzida pelo presidente da entidade, Eduardo Alves. Também participaram os membros natos: delegado titular do 52º DP – Parque São Jorge, João Batista Filogonio; o comandante da 5ª Cia. do 8º Batalhão da Polícia Militar, Capitão Filipi; os membros públicos: inspetor Paulino (representante da Inspetoria Mooca da Guarda Civil Metropolitana}, Thadeu Castanheira (representante da Subprefeitura Mooca), e Jefferson de Souza (representante da CET). Também foram convidados a compor a mesa: professora Maria Elisabete Saldanha, relações institucionais da Unicid e Itamar Fernando, presidente da Associação de Moradores da Vila Luísa.
A reunião teve um número recorde de participantes dada a importância dos assuntos tratados. Entre eles, foram abordados temas como as enchentes na Vila Luiza, a reintegração de posse da Comunidade Esmaga Sapo, além da reclamação de vários tipos de furtos na região do Parque São Jorge e da Rua Imbocui, entre outros.
RACHAS NA MARGINAL
Um assunto que chamou a atenção foi a denúncia da realização de alguns rachas de veículos que estão acontecendo na Avenida Condessa Elisabeth de Robiano, defronte ao clube do Corinthians, principalmente nas noites e madrugadas de quinta e sexta-feira. Os moradores informaram que alguns grupos têm se reunido na área que foi recentemente devolvida ao clube com a montagem de tendas, realização de churrascos e promoção de corridas.
PERTUBAÇÃO DO SOSSEGO
Mais uma vez um dos temas mais discutidos na reunião foi a perturbação do sossego. Em sua fala inicial, o presidente Eduardo Alves enfatizou que fez um convite a todas as empresas, bares e outros estabelecimentos que têm sido alvo de reiteradas reclamações da vizinhança para que comparecessem à reunião, a fim de se tentar chegar a um denominador comum que agradasse a todos.
A umbandista Ana Paula, responsável por um terreiro de umbanda existente no Largo no Maranhão esteve presente à reunião e esclareceu o horário de funcionamento da casa e que não ultrapassa o limite legal, respeitando a vizinhança. Alves informou que vai agendar uma reunião entre a reclamante e Ana Paula para o ajuste.
CUMPRIMENTO DA LEI
Carlos Vaz, representante do Estação SP, que mantém um espaço de esportes e eventos na Rua Santa Virgínia e vem incomodando parte da vizinhança com som alto também esteve presente e, entre outras coisas, informou que tem um projeto de isolamento acústico para o local. Ele afirmou que a casa funciona até às 23 horas e que a música ao vivo em dias de shows sempre é encerrada às 21 horas. Vaz destacou que sua presença na reunião foi com o intuito de ouvir as pessoas e tentar o diálogo para melhorar a convivência.
Carla Quevedo, tutora do Grupo Vizinhança Solidária da Rua Santa Virgínia, foi porta-voz do grupo e disse que os vizinhos não aceitam nenhum tipo de acordo, já que o Estação SP foi lacrado pela Subprefeitura Mooca, por ordem do Psiu (Programa de Silêncio Urbano) em agosto do ano passado, perdeu a licença de funcionamento em janeiro deste ano e que mesmo assim desobedece a todas as ordens e continua funcionando normalmente. Ela elencou ainda diversos processos e multas que a casa vem recebendo ao longo do tempo, por esse motivo, “não tem conciliação”, declarou Carla.
ESFERA SUPERIOR
Após os pronunciamentos das partes, o representante da Subprefeitura Mooca informou que o processo de desobediência com a reabertura do espaço está em andamento, mas não está mais na esfera da Prefeitura do Município de São Paulo e que foi encaminhado pelo subprefeito Marcus Vinícius Valério para o Ministério Público e está em análise, juntamente com o Psiu, para ações providenciais.
As reuniões do Conseg Parque São Jorge acontecem sempre na segunda segunda-feira do mês, no horário das 20 às 22 horas. A próxima reunião ordinária está agendada para o dia 12 de maio.
