O povo quer protestar, mas sem intervenção dos que dominaram este país nos últimos 10 anos. Fora políticos, não se aproveitem das manifestações; fora partidos, porque se nada fizeram durante 10 anos para mudar essa situação, não se aproveitem agora; e fora sindicatos, um antro de aproveitadores que pensam que um dia serão Lula, mas um já foi difícil engolir, imaginem dois. Essa é a situação atual, não adianta tentar mudar.
As centrais sindicais fizeram protestos em todo o País, mas sem adesões em massa. Se não tiver sorteio de carro e casa, o povo não vai e, na verdade, as ruas ficaram vazias, não em protesto, mas por medo da arruaça que se armava.
Foi um grande fracasso, porém eles não admitem. Na verdade a pauta de solicitações era meramente trabalhista e algumas bem absurdas como a redução da jornada de trabalho. Pagar o mesmo preço por menos trabalho! Só na cabeça dos sindicalistas. Com certeza o povo está pedindo mais trabalho e mais dinheiro.
A coisa é tão falsa que, em São Paulo, Dilma foi poupada em discursos para público que mostrou toda sua apatia. Fugiram dos temas que realmente têm sido objeto das manifestações – reforma política, plebiscito, corrupção, baixo crescimento. Tudo que o povo quer, os sindicatos não querem; na verdade, eles querem é a baderna, e quanto mais, melhor para poderem se manifestar.
O movimento foi apático, a se ver pelo que ocorreu na Paulista: a maioria das pessoas não prestaram atenção aos discursos inflamados, não aplaudiam, não vaiavam, não puxavam refrões, sem dúvida, uma demonstração de que não estavam envolvidos e que aquele movimento não era deles.
A coisa funciona na base de um esforço coercitivo para ter o povo em manifestações do sindicato; os protestos das centrais sindicais foram engrossados por militantes contratados. As pessoas entrevistadas afirmaram que foram pagos R$ 50,00 para agitar a bandeira da Força, e outros disseram que todos estariam recebendo uma ajuda de custo. E a rádio CBN flagrou manifestantes sendo pagos, também, com R$ 50,00 na região do Masp.
Este é o sindicalismo do Brasil. Com Lula, eles tinham tudo, ganharam verbas adoidados, não permitiram que fosse derrubado o Imposto Sindical, que os alimenta pela força dos trabalhadores. Estão tentando tirar proveito de um movimento espontâneo do povo para o povo e que nada teve ou tem com os sindicatos, os políticos e os partidos, por sinal, todos querem ver essa gente bem longe, de preferência fora do País.
Para Dilma foi bom esse momento, pelo menos, se esqueceram dela por alguns dias, mas, a contar pelas atitudes que vem tomando, ela voltara à cena rapidamente, pois já não se entende com o PMDB, perdeu várias alianças, o projeto plebiscito foi arquivado, o “Cara” não aparece para não salvá-la. Ao que tudo indica, confirma-se aquela história de que esteja visitando nas madrugadas o Sírio-Libanês.
O governo está à deriva. Os ministros não a suportam e se tivessem um pouco de dignidade já teriam pedido para sair; ela nem os conhece e quando fala com eles é no tom autoritário de superioridade e arrogância insuportável. Não é assim que se governa.
O culpado de tudo é o “Cara”. Ele precisava de alguém com “ficha limpa” no PT para colocar em seu lugar. Como é impossível encontrar alguém, acabou ficando com a Dilma, que demonstra dia a dia não ter qualquer estrutura ou compostura para ser presidente de um país como o nosso e afunda-se cada dia mais. Vamos aguardar até onde isso vai. Ao que tudo indica, não chegará bem ao seu final.