Com o pedido de isenção de taxa do Enem 2025 feito, estudantes de todo o Brasil começam a se preparar com mais atenção para a principal prova do País. E nesse processo, cada etapa conta: organização do tempo, domínio dos conteúdos e, sobretudo, desenvolvimento da escrita.
De acordo com Antonella Carvalho de Oliveira, editora-chefe da Atena Editora, o segredo está no equilíbrio entre técnica e constância. “Não adianta estudar tudo de última hora. É preciso desenvolver uma rotina de estudo e, principalmente, entender a estrutura da prova, incluindo a redação, que exige repertório, organização e revisão cuidadosa”, afirma.
DICAS PARA A PROVA
1 – Planejamento com estratégia: Técnica Pomodoro
Muitos estudantes enfrentam dificuldades para manter o foco. Uma das estratégias mais recomendadas é a técnica Pomodoro, um método que aumenta a produtividade e reduz o cansaço mental dividindo o tempo de estudo em blocos de 25 minutos de concentração, intercalados com pausas curtas de cinco minutos. Após quatro ciclos, a pausa é maior.
2 – Revisão e coesão: A base da redação eficaz
Na etapa de revisão da redação, erros sutis costumam passar despercebidos por quem já leu o texto muitas vezes.
Uma dica de Antonella é deixar o texto descansar por algumas horas ou até um dia antes da revisão. Ler em voz alta também é eficaz para identificar vícios de linguagem, frases longas ou ideias desconexas.
“Revisar é uma parte essencial da escrita, tanto dissertativa, quanto científica, às vezes, é ali que encontramos o que estava travando o raciocínio”, explica.
3 – Conectivos e clareza: o papel da coesão textual
Outra orientação importante está no uso dos conectivos, que são as chamadas palavras de ligação entre ideias e quando bem aplicados, ajudam a criar um fluxo natural de leitura.
“Um texto coeso não é apenas bonito de ler. Ele mostra domínio da linguagem e clareza no pensamento, mas é importante evitar exageros, o uso repetitivo de conectivos pode tornar o texto cansativo”, observa a docente.
4 – Coerência na construção dos parágrafos
A redação do Enem exige que os argumentos sejam encadeados com lógica e respeitando a estrutura exigida, que inclui introdução, desenvolvimento e conclusão com proposta de intervenção.
“Na prática, isso significa não apenas escrever o que pensa, mas justificar com dados, referências e exemplos plausíveis. A intertextualidade, ou seja, a capacidade de relacionar diferentes ideias e referências, também é um diferencial que pode aumentar a nota.”, explica.
5 – Repertório
O repertório cultural é um diferencial importante e, segundo Antonella, deve ser construído aos poucos.
“Quem lê com regularidade amplia seu vocabulário, melhora a escrita e desenvolve senso crítico, elementos centrais para uma boa redação, por isso, é importante acompanhar as notícias, os estudos mais recentes, para ter um bom repertório”, diz.