A revista “The Economist” disse que Dilma reconheceu o erro de seu primeiro mandato, nas escolhas econômicas, ao chamar Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa para o Planejamento.
Diz ainda a revista que, no escândalo de corrupção da Petrobras, ela ocupou o cargo máximo no conselho da estatal, e segue: “Que ninguém acredite que ela seja pessoalmente envolvida em corrupção talvez não impeça que se tente um pedido de impeachment contra ela, apesar disso parecer improvável”.
Dilma tenta compensar a fraqueza da economia escolhendo uma equipe mais forte.
Aécio vê contradição na escolha e Gilberto Carvalho diz que “filosofia econômica não muda e ele aderiu ao projeto do PT”.
Vejam as diferenças de ponto de vista: para o tucano Aécio, o governo corre o risco de ficar sem “cara”, para o Gilberto Carvalho, Levy “aderiu” ao projeto do PT, como se um homem da postura de Joaquim Levy vai aderir a um projeto insano, imoral, corrupto e desvairado. De um irresponsável, com o desejo total de perpetuar-se no poder, de deixar tudo dominado, não importa o preço.
O petista é como vara de bambu, verga mas não quebra.
É obvio, só se todos os grandes economistas deste país e do mundo estiverem enganados, como diz Aécio Neves a indicação do economista, conhecido pela sua ortodoxia, contraria “todas as teses” defendidas por Dilma na campanha e por seu grande chefe e demais correligionários, que nada mais fizeram durante a campanha do que mentir e enganar o povo na busca desvairada, maluca e irresponsável de votos na base do CQC – Custe o Que Custar, não aquele da televisão, mas o da vida própria do PT.
Já Carvalho insiste na tese do projeto. Agora, qual projeto? Isso ele não diz, porque o PT só tem um projeto, domínio CQC. Ele diz, sinceramente “só vejo com bons olhos a nomeação do Joaquim Levy, o que importa é a prática dele, é a adesão ao projeto. E é evidente que ao aceitar ser ministro desse projeto, está aderindo a esse projeto, à filosofia econômica desse projeto”.
Notaram como eles são “caras de pau”! Trazem um grande nome para o ministério, quando durante a campanha era “tudo pelo social” e vamos ganhar votos. Agora, colocam um ministro sério, correto, honesto, inteligente e que não se deixa vergar. Então, como vai fazer a Dilma, que prometeu o “tudo pelo social”, quando esse ministro e os demais, que acabaram de serem nomeados, são chamados de linha dura? E o Levy, inclusive, também é conhecido como “Mãos de tesoura”. Tanto que ele sofre restrições até pelos petistas, porque coloca em prática tudo que contraria a vontade do partido e o que foi apregoado pela Dilma. Um verdadeiro poço de contradições. Ele é pela prática de um rigoroso ajuste fiscal na economia.
E o sr. Gilberto Carvalho vem dizer que o ministro “aderiu ao projeto”. Se eu fosse o ministro, sairia já, antes mesmo de ser empossado. Que projeto é esse? É o atual projeto da roubalheira, ou ele irá fazer um projeto e quem deverá aderir a esse projeto é o PT? O ministro não aderirá a um projeto falido, ultrapassado, corrupto e inaplicável do PT.
Afinal, qual é o verdadeiro rosto do novo governo de Dilma Rousseff? Refém de tantas contradições, o governo corre o risco de não ter nenhum rosto ou continuará com o mesmo: o da “cara de pau”.