A promessa da AES Eletropaulo de entregar a instalação de 12 km de redes subterrâneas de energia elétrica até o fim do ano passado não se concretizou. Na Zona Leste, além da Rua do Gasômetro, desde o Viaduto Gasômetro até a Rua das Figueiras, a Rua José Paulino ainda permanece em obras. Ao realizar um acordo com a Prefeitura, a empresa recebeu ainda outras opções de ruas para implantação do projeto. São elas Rua 13 de Maio e imediações, incluindo as ruas Martiniano de Carvalho, Santa Ernestina e Avenida Bernardino de Campos; Avenida Faria Lima, entre a Avenida Cidade Jardim e a Rua dos Pinheiros; Largo da Batata e imediações das ruas Sumidouro, Guaiçuí, Campo Alegre, Martim Carrasco, Fernão Dias e Padre Carvalho.
CALÇADAS
As obras da Rua do Gasômetro, iniciadas em junho de 2011, incluem alargamento das calçadas, enterramento das fiações elétrica e telefônica, ampliação do sistema de drenagem, recapeamento e melhorias no paisagismo com ampliação do canteiro central, plantio de árvores e instalação de nova iluminação. Os custos desses trabalhos chegam a R$ 15 milhões.
No último dia 6, a reportagem desta Gazeta esteve na Rua do Gasômetro e registrou não ter havido muitas mudanças, quando segundo o cronograma, as obras já deveriam estar prontas. O problema do atraso, conforme trabalhadores e motoristas que passam pelo local, é o transtorno vivido por todos. Para Carlos Vasconcelos, por exemplo, sempre existem cones na pista ou veículos da Prefeitura circulando nas proximidades. Segundo ele, o trânsito está sempre complicado na região.
RECLAMAÇÕES
A dona de casa Maria de Jesus reclamou do estado ruim de algumas calçadas. Ela disse ser complicado frequentar algumas lojas da rua, pois tem medo de sofrer algum acidente. Maria disse que costumava levar a mãe para olhar algumas lojas, porém, agora, não há como.
Desde 2006 existe uma lei que obriga concessionárias de energia elétrica, de telefonia e de TV a cabo a enterrarem a fiação dos postes. Sua regulamentação previa a execução de 250 km por ano. Além de contribuir com a revitalização urbana e diminuir a poluição visual, a fiação subterrânea reduz o risco de acidentes e de rompimento de cabos, evitando ainda os furtos e as ligações clandestinas. Com a remoção de postes a melhora da acessibilidade seria real.
BONS EXEMPLOS
É possível ver bons exemplos apenas na Zona Sul da cidade e, mesmo assim, por interesse da iniciativa privada, como no caso das ruas Oscar Freire, Amauri, João Cachoeira e Vitório Fasano. Mesmo onde o serviço foi feito pela Prefeitura, nas avenidas Paulista, Rebouças, Faria Lima, 9 de Julho e Rua Avanhandava, houve a ajuda da iniciativa privada.
Apesar do sucesso do projeto nestes locais, inclusive com o aumento nas vendas, a Prefeitura não seguiu adiante com campanhas de divulgação do projeto de urbanização. Com isso, os bairros tornaram-se cada vez mais poluídos, do ponto de vista paisagístico, e os postes sobrecarregados. No Tatuapé, por exemplo, fios e cabos são enrolados e abandonados nos postes.