“O que seria do Brasil sem o PT?” – Lula.
“Não desanimem na luta anticorrupção” – Papa Francisco.
Sem sombra de dúvidas e sem muito esforço, pode-se sentir o espírito e os propósitos de seus autores. Absolutamente antagônicos, mas reveladores, sem dúvida, do espírito de cada um e da visão: um da irrealidade do Brasil, e outro, da mais absoluta verdade do sentimento de povo.
Incrível que seja necessário vir de fora alguém da importância de um papa, para descortinar para o mundo a nossa realidade, enquanto o “papa” de dentro, não vê um palmo diante dos olhos que não seja PT, poder, reeleição, enganação, corrupção e outros quetais.
Até é uma judiação estarmos fazendo essa comparação, mas é o momento, e não se pode deixar a bola passar, aliás, o próprio papa disse fazendo uma comparação entre a vida e o futebol: neste a falta deve ser batida onde ela acontece. Na vida é a mesma coisa: a reação deve ser no momento em que o fato ocorre.
De um lado a sobriedade e a inteligência de um homem realmente preparado para a vida, despojado de vaidades e de interesses mundanos. Do outro, alguém que só lutou a vida toda para alcançar o poder e dele deliciar-se, pouco importando a quem possa doer e a quem possa prejudicar.
Fez escola e a sua criação, Dilma, não é diferente, cumprindo com fidelidade as lições do mestre, envergonhando o Brasil em um discurso de recepção ao papa, engrandecendo o seu falido governo, buscando recuperar a imagem, aproveitando-se do momento para enfatizar seus feitos, de seu criador de seu falido partido, como verdadeiros salvadores da pátria, como se antes dos 10 anos nada houvesse acontecido e tudo se fez após esses anos, aliás, fez-se tanto que aí estamos de joelhos, arrastando-se perante os olhos do mundo e caindo no descrédito.
Fizemos tanto que o papa chega a criticar com absoluta razão um ato de um petista, puxa-saco do Lula, o Sergio Cabral, que vangloria-se de ter pacificado os morros, mas que ficou só nisso e não pensou na obra social que deveria seguir e a previsão papal é que tudo voltará ao que era antes, se nada se fizer de complemento a essa ação. Disse: “o esforço de pacificação do governo do Rio não será uma solução duradoura enquanto os problemas sociais não forem atacados”.
O Rio colocou em pânico a Fifa e o mundo, depois de tanta desorganização e incompetência, demonstrando que efetivamente não está preparado para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, uma criação do sr. Lula como grande feito de seu governo, pois até na preparação da chegada do papa gastou-se fortunas para programar um encontro em Guaratiba, não se pensando nas chuvas como se fosse um fenômeno sobrenatual.
Sem dúvida tudo isso responde a grande pergunta do Lula: “O que seria do Brasil sem o PT?” Com certeza, nada disso teria acontecido, se teria gastado bem menos, haveria mais organização e menos exibicionismo das autoridades. O País a ser mostrado ao Papa seria muito mais limpo, decente, ele não estaria falando: “Não desanimem na luta anticorrupção”. Ela até poderia existir, mas não ao ponto em que chegou.
É muita pretensão do Sr. Lula imaginar que sem ele este país não teria crescido, melhorado de vida e tudo que ele vive alardeando aos quatro cantos. Se não fosse o PT, certamente não teríamos 2 trilhões de dívidas para pagar, não haveria toda essa balbúrdia das ruas.
Ele não se convence e nunca se convencerá e buscará convencer ao mundo que o PT agora pode fazer diferente e melhor, mas não diz o quê. Pode ser o aperfeiçoamento da roubalheira; diz que vai afiar as unhas para defender a sua criação, mas acabou afiando a língua, pois depois que voltou, não parou de falar. Só não sabemos como não foi até o papa; possivelmente por temer as vaias da rua.
A pergunta dele está aí: “O que seria do Brasil sem o PT?” A resposta é livre; qualquer um pode e deve responder. Para valer mesmo, não dá para responder, por maior que seja a liberdade de imprensa. Ainda havemos de guardar certas regras, mas dá para imaginar onde a resposta pode chegar.