Na última quarta-feira, 12, Prefeitura e Estado deram início às obras do Complexo Viário Itaquera, que serão executadas pelas construtoras OAS e S/A Paulista. A primeira fase, que terá um custo aproximado de mais de R$ 250 milhões, prevê a construção de uma nova avenida, no sentido Norte e Sul, que vai interligar as avenidas José Pinheiro Borges (Nova Radial) e Radial Leste à Avenida Itaquera, eliminando a necessidade da volta pela Avenida Líder.
NOVAS ALÇAS
Já a nova avenida, ligando a Avenida Itaquera à Avenida Miguel Inácio Curi, facilitará o acesso à Radial Leste e à estação Corinthians-Itaquera, a partir da Avenida Itaquera e da Avenida Líder. A via expressa, executada por uma pista subterrânea na Radial Leste, segregará o trânsito local do de passagem.
Na próxima fase das obras, que terá outros cerca de R$ 200 milhões de verbas, novas alças de acesso serão construídas para facilitar a interligação entre a Nova Radial e a Avenida Jacu-Pêssego, um dos principais eixos viários da Zona Leste, que facilitará o acesso à Marginal Tietê e ao Rodoanel.
PASSARELA
Também será construída uma passarela, com 185 metros, vão livre de 110 metros e seis metros de largura, ligando a ala Norte com a Sul de Itaquera, facilitando a circulação das pessoas que pretendem atingir o Polo Institucional e o estádio.
Junto da estação Itaquera do Metrô haverá a implantação de uma Fatec, além de fórum, Etec, Senai, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Centro de Convenções e polo tecnológico. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) elaborou projetos preliminares para o Centro de Convenções e Eventos, em conjunto com a SPTuris, e também para o Núcleo do Parque Tecnológico da Zona Leste (incubadora e laboratório), em conjunto com a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho (Semdet).
ALERTA
Para o engenheiro civil Roberto Massaru Watanabe, responsável por diversas obras na região de Itaquera, a população deverá ficar atenta para a possibilidade da Prefeitura apresentar novos gastos para uma nova transposição da tubulação da Petrobrás. Segundo ele, o projeto mostra que ainda existem outras demarcações do gasoduto pela região e que elas poderiam dificultar o prosseguimento das construções.
De acordo com a assessoria da Transpetro, não há porque os moradores ficarem preocupados com as obras, pois quando a Odebrecht, responsável pela construção do estádio, necessitou desviar as tubulações, ela também liberou a área para a implantação do projeto viário. Conforme Watanabe, se isso não tiver sido feito serão acrescentados à obra pelo menos R$ 400 milhões a mais em gastos.