Que o Parque Esportivo dos Trabalhadores (PET) – Anália Franco, antigo Ceret, tem diversas atividades esportivas, seja nas quadras ou nas piscinas, todos os frequentadores do local sabem. O que uma parcela dos moradores do Tatuapé e região, além de outros usuários talvez desconheçam é o fato do parque também poder oferecer um passeio monitorado.
SUPERVISOR
Nele, o engenheiro agrônomo Luciano Bucceroni, supervisor de áreas verdes do PET, poderá guiar os interessados e lhes mostrar alguns tipos de árvores existentes no espaço e de aves acostumadas a visitar a área verde ou mesmo adotá-la como lar. Segundo ele, em horários predeterminados, a serem marcados por telefone, é possível falar um pouco sobre espécies nativas e exóticas de árvores, bem como da relação dos pássaros com o lugar. Bucceroni destacou, inclusive, que na semana anterior moradores da região se reuniram e doaram para o parque um comedouro para aves e uma fonte.
BIÓLOGAS
De acordo com um levantamento qualitativo e quantitativo das espécies de árvores existentes no PET Anália Franco, elaborado em 2013, pelas biólogas Ana Carolina de Quadros, Larissa Monteiro Félix, Vanessa Toffoli Martins e Talita Valeriano Dantas, a maioria das árvores encontradas no parque foi plantada pelos seus frequentadores, não levando em conta o que exemplares exóticos podem causar.
NOVAS REGRAS
Segundo o estudo, que contou com a participação de Nina Olsen, bióloga responsável pelo PET, anteriormente, o elevado número de árvores exóticas demonstra a falta de planejamento para a escolha de espécies adequadas e uma ausência de preocupação com a conservação da flora e da fauna nativa. Para as biólogas que coordenaram o projeto, a estratégia para melhorar a arborização é a implementação de um plano que estabeleça regras, além de promover um acompanhamento e controle de maneira efetiva.
NATIVAS
O documento apresentado pelas especialistas mostra, dentre as árvores nativas: Graviola (1), Araucária/Pinheiro do Paraná (3), Pau Ferro (16), Sibipiruna (143), Pau-Brasil (1), Paineira (29), Pitanga (7), Inga (17), Aroeira Branca (2), Maricá (36), Jabuticaba (12), Monguba (3), Canafistula (6), Jurubeba (1), Ipê de Jardim (3), Ipê Roxo (12), Ipê (20), Manacá (24), Quaresmeira (114) e Tipuana (1), sem contar as que ainda não foram cadastradas.
EXÓTICAS
Já as espécies exóticas, maioria no parque, são: Jaca, Pata de Vaca, Flamboiã Mirim, Camélia, Limão, Nespera ou Ameixa Japonesa, Eucalipto, Figueira, Grevilha, Uva Japonesa, Jatobá, Jacarandá Mimoso, Leucena, Alfeneiro, Magnólia, Manga, Melaleuca, Amoreira, Abacate, Pinheiro, Cerejeira, Goiabeira, Espatodea, Jamelão, Jambo, Terminalia e Pau-Formiga, além de outras também sem registro, por enquanto. No total de 1.170 árvores cadastradas, 451 são nativas e 719 são exóticas.
PÁSSAROS
Com relação às aves, o PET também possui uma gama de espécies que frequenta a área verde. Dentre elas estão: gavião Caracará, Quero-quero, Rolinha, Pombo doméstico, Asa-branca, Maracanã-pequena, Periquitão-maracanã, Periquito-rico, Tuim, Papagaio-verdadeiro, Anu-preto, Coruja-buraqueira, Coruja-orelhuda, Beija-flor-tesoura, Beija-flor-preto, Besourinho-de-bico-vermelho, Pica-pau-anão-de-coleira, Pica-pau-verde-barrado, Pica-pau-do-campo, João-de-barro, Bentevizinho-de-penacho-vermelho, Bem-te-vi, Peitica, Andorinha-pequena-de-casa, Corruira, Sabiá-laranjeira, Sabiá-do-campo, Cambacica, Trinca-ferro, Tie-preto, Tico-tico e Canário-da-terra-verdadeiro.
COMO MARCAR
O engenheiro agrônomo afirmou que as visitas de aspecto informativo e educacional devem ser combinadas porque as aves, principalmente, têm hábitos peculiares, como se protegerem em dia de sol forte ou serem mais ativas durante a noite. Por conta disso, as pessoas interessadas devem ligar para 2671-3832 e falar diretamente com o supervisor. O PET fica na Rua Canuto de Abreu, s/nº, Tatuapé.