A Prefeitura de São Paulo assinou na última sexta-feira, dia 29 um empréstimo no valor de R$ 2,5 bilhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para adquirir mais 1.300 ônibus elétricos, não poluentes. As operações de crédito realizadas pela Prefeitura para a modernização do transporte público paulistano, entre contratos assinados e aguardando conclusão, superam R$ 6 bilhões e fazem parte do maior programa de investimentos em ônibus elétricos do País.
Na cerimônia de assinatura, realizada em Brasília, o prefeito Ricardo Nunes falou da importância da eletrificação para o meio ambiente. “Hoje passamos a ter uma nova etapa em políticas públicas. Serão 2,5 bilhões de reais que possibilitarão a aquisição de mais de mil ônibus. Importante dizer que 64% da emissão de dióxido de carbono vem dos veículos. Metade vem dos ônibus. Estamos com essa ação cuidando do transporte e do meio ambiente.”
CONFORTO
A cidade já tem a maior frota de ônibus elétricos do Brasil, com 489 veículos, sendo 288 a bateria. A atual gestão tem trabalhado para incorporar novos veículos elétricos à frota e, desde 2022, permite somente a compra de veículos sustentáveis para o transporte público, ficando proibida a aquisição de modelos a diesel.
A troca dos ônibus a diesel por veículos elétricos, de energia sustentável, que não poluem, representa um ganho ambiental e de saúde, pois eles não emitem gás carbônico, não produzem ruídos e têm tecnologias que aumentam o conforto, como wi-fi e refrigeração.
Com isso, a medida permite à cidade avançar em um dos objetivos da gestão municipal para o cumprimento do Programa de Metas da Prefeitura 2021-2024 e da Lei de Mudanças Climáticas, que prevê redução da emissão de gás carbônico fóssil em 50% até 2028 e erradicação desse poluente até 2038.
A entrega de novos veículos segue a capacidade de produção dos fabricantes e a disponibilidade de energia nas garagens.
Se as concessionárias fossem responsáveis pela aquisição integral dos veículos elétricos, o custo estimado para 2,6 mil ônibus a diesel seria de R$ 33,6 bilhões (valores de 2023). Com o modelo de subvenção, em que as operadoras não são remuneradas pelos valores subvencionados, o valor passa a ser de R$ 28,9 bilhões, gerando uma economia de R$ 4,8 bilhões (em valores de 2023).