O skatista profissional e mooquense Ricardo Fernandes, conhecido como Dexter, de 25 anos, conversou com a Gazeta a respeito da sua profissão e também das dificuldades de encarar as pistas na Zona Leste, local que, segundo ele, tem muito o que melhorar para atender a demanda de skatistas (profissionais e amadores) que vem crescendo nos últimos tempos.
O INÍCIO
“Meu primeiro skate foi um tio meu que me deu, mas acabou ficando por um tempo ‘esquecido’. Depois de uns três anos me mudei para o bairro da Mooca e comecei a empinar pipa em uma rua aqui perto de casa, aonde era o encontro da galera do skate. Foi aí que larguei de empinar pipa e coloquei meu skate para andar.”
‘Dexter’ conta que o início como skatista profissional não foi fácil e que foi algo que ele nunca planejou ser. “Nunca pensei em viver de skate ou ser um profissional. Foi tudo muito natural. Skate sempre foi diversão para mim, mas consequentemente com o tempo fui conhecendo os skatistas, o mercado e fui ganhando espaço”, revela.
NA ZONA LESTE
Quando questionado sobre os locais para se andar de skate na Zona Leste, ‘Dexter’ afirma que a região é carente neste quesito. “Não temos pistas boas por aqui, principalmente aqui no bairro da Mooca e Tatuapé. Só nesses dois bairros moram cerca de três a quatro skatistas profissionais e nós simplesmente não temos um lugar para praticar. Temos que sempre estar viajando ou indo para lugares distantes para andar em pistas boas.
O lugar que mais costumo andar quando estou em São Paulo é o Museu do Ipiranga e a pista de skate da Saúde, que fica localizada embaixo do túnel Maria Maluf. Gostaria muito de uma pista na região,” finaliza o atleta.