O Brasil não tem tradição de aproveitar seus talentos da maneira mais adequada. Basta observar o que acontece nas escolas públicas, sejam da Prefeitura ou do Estado de São Paulo. Muitos professores não sabem, ou não se dão ao trabalho de conversar com a direção ou com os próprios pais sobre algum dom demonstrado por determinado aluno, seja no esporte ou em uma matéria específica.
Nosso País começa a perder grandes atletas, atores, cantores, cientistas, entre outros profissionais por vezes no banco das escolas. Faltam incentivo, investimento, apoio empresarial, dedicação e um olhar apurado. Como a escola não se organiza, nos intervalos as crianças correm de um lado para o outro sem objetividade, enquanto os jovens utilizam os celulares. Não há um aproveitamento do tempo e os estudantes com capacidades diferenciadas simplesmente seguem a rotina até saírem da escola.
Muitos que alcançam o ensino médio chegam a demonstrar habilidades, contudo são tolhidos por um sistema burocrático e desconectado da realidade. Isso faz com que grandes promessas desanimem no meio do caminho e sigam para áreas completamente diferentes. Falando de maneira simples e objetiva: muitas escolas sufocam sonhos e não percebem.
Infelizmente perdemos estudantes ou grandes profissionais para empresas ou universidades de fora do País. No exterior eles conseguem desenvolver suas potencialidades e por muitas vezes acabam se tornando referência para o mundo em seus estudos. Contudo, nós só vamos descobrir muitos anos depois que eles são brasileiros.
Não é possível que os bons exemplos de outros países não possam ser avaliados no Brasil para que sejam adotados, se não por completo, pelo menos em parte. Nossa história comprova que desperdiçamos ou não damos valor a nossos estudiosos, simplesmente porque a dedicação deles é de longo prazo e não tem apelo midiático. É preciso voltarmos a abrir os olhos para o novo e dar a ele o incentivo necessário.