As noites mal dormidas em frente às telas do celular e do computador podem ser um dos motivos para o consumo de bebidas energéticas entre os mais jovens. Eles recorrem ao produto para minimizar o cansaço e realizar as atividades do dia a dia após poucas horas, ou nenhuma, de sono.
PEDIATRA E MÉDICA
Porém, de acordo com a pediatra e médica do Esporte do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), Silvana Vertematti, os energéticos geram um ciclo vicioso. Assim, mascaram o real problema: o estilo de vida pouco saudável.
DEPENDÊNCIA
“Eles ficam até de madrugada em frente ao celular, principalmente. Porém, diante da necessidade de acordar cedo para ir à aula e realizar as atividades da rotina, se sentem cansados e começam a procurar por alternativas para amenizar essa sensação. A partir disso, inicia-se um ciclo de ingerir a bebida para minimizar o cansaço, permanecem mais horas em pé. Depois, consequentemente, ficam ainda mais exaustos, precisando consumir novamente a bebida”, explica a especialista.
SONO NUTRITIVO
Para manter a saúde e o bom desempenho nas atividades rotineiras, os jovens precisam dormir, em média, oito horas por noite. Além disso, devem restringir o tempo em frente às telas a três horas, especialmente os menores de 16 anos. O sono nutritivo desempenha um papel importantíssimo na boa funcionalidade física e mental, bem como a alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas.
PERIGO MASCARADO
Os energéticos contêm altas doses de cafeína que ativam as reações de alerta do corpo. O efeito é potencializado pela taurina. Essa substância presente na composição das bebidas é responsável por intensificar o efeito da propriedade derivada do café. A composição se torna ainda mais perigosa devido às grandes doses de açúcar presentes nesses produtos. A quantidade excessiva colabora para o ganho de peso e para situações metabólicas associadas ao consumo elevado de carboidratos, como o comportamento agitado e a sensação de ansiedade.
HIPERTENSÃO
As bebidas energéticas facilitam também a ocorrência de arritmias cardíacas, hipertensão, diabetes, insônia e aumento da irritabilidade, além dos efeitos rebotes como sonolência e lentidão dos pensamentos. As reações adversas do produto têm sua intensidade potencializada quando consumida em jejum ou com coquetéis alcoólicos.