Já era esperado. Eles fazem as falcatruas, enriquecem a custa do povo, brigam entre si, fazem acordos, são condenados, mas não cumprem a pena e tudo acaba bem. Para nós sobra a conta para pagar.
Como a economia arrefeceu, os investimentos murcharam e a fonte secou, os impostos sofreram sensível baixa. Se nem para os salários resta dinheiro, quanto mais para impostos.
Como eles não têm nenhuma criatividade e nunca buscam dentro de si uma solução correta, que é reduzir seus custos, os Estados começam a discutir a possibilidade de um aumento conjunto da alíquota do ICMS e de outros tributos para superar a crise nas finanças públicas.
O velho remédio de uma receita velha: falta dinheiro, vamos buscar no bolso do contribuinte. Para eles, a única fonte de renda, quando poderiam primeiro reduzir seus custos, segundo buscar em seus ativos a forma correta de rentabilizá-los ou entregar para a iniciativa privada que é muito mais competente em administração, mas isto pode significar privatizar o poder e aí não haverá empresas para empregar seus apadrinhados e roubar receitas para enriquecerem-se e enriquecer os partidos.
Além do ICMS, que grava a circulação da mercadoria e que, portanto, atinge tudo, inclusive a energia elétrica, a telefonia a água e esgoto, porque o imposto entende que tudo é circulação de mercadoria, inclusive boa parte dos alimentos, eles pensam seriamente em elevar a alíquota do ITCMD que é o tributo que incide sobre a doação ou transmissão hereditária ou testamentária de bens móveis e imóveis. Alguns Estados querem elevar a alíquota, hoje de 4% para 8%.
Diz o governo que está sem caixa, suspendeu o pagamento da primeira parte do 13o salário dos aposentados em agosto, mas não parou de pagar o “bolsa família”.
Para quem nunca nada fez e contribuiu, paga-se, mesmo sem ter caixa. Para os que trabalharam pelo menos 35 anos e contribuíram, não se paga, esse é o governo.
Por outro lado, Dilma e sua equipe recebem o 13o salário adiantado.
Poucos sabem, mas precisam saber: Dilma e os ministros da área econômica já receberam, em julho, 50% de suas remunerações extras. No mesmo mês, o governo federal pagou 50% do 13o salário dos servidores da União, o que incluiu a presidente e sua equipe econômica.
Joaquim Levy também foi agraciado com essa antecipação, recebeu R$ 15.559,00, sendo ele o principal opositor do pagamento aos aposentados em razão da baixa caixa do governo. É sempre assim, “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”.
Esse é o triste retrato do Brasil, um governo sem rumo. Não há uma estratégia, um plano que possa dar alguma esperança de recuperação mais rápida e a presidente, orientada pelo Lula, não quer largar a rapadura, até porque sua saída é a saída de Lula do poder e de todos os companheiros.