Uma linda e sensual mulher que se transforma em macaco-monstro diante dos olhos da amedrontada plateia. A famosa e tradicional atração dos parques de diversão é o mote para espetáculo solo ‘Monga’ de Maria Carolina Dressler. A transformação da mulher em macaco, na peça, é feita por meio de recursos audiovisuais. Projeções em vídeo, locuções, teatro de sombra e a trilha sonora são elementos que fazem a transição entre a ficção e o documental, conferindo à peça uma característica polifônica.
ISOLAMENTO E EXPLORAÇÃO
Com dramaturgia construída em processo colaborativo entre a atriz, a diretora Juliana Sanches e o dramaturgo italiano Pietro Floridia, “Monga” conta a trajetória de uma mulher que sofre por isolamento e exploração de sua imagem primata. O espetáculo é uma realização do coletivo In Bocca al Lupo Criações – artistas independentes de diversas áreas que realizam projetos de artes integradas.
A narrativa descreve conflitos vividos pela condição de clausura desde a infância, passando pela adolescência, casamento, maternidade e morte. O relato é entrecortado por vídeos e locuções dos seus delírios e desejos, além de fragmentos supostamente documentais que também servem de pano de fundo para contar sua trajetória.
SERVIÇO
“Monga”. Até 11 de maio no Teatro Ágora (Rua Rui Barbosa, 672, Bela Vista). Sessões: sábado, às 21 horas e domingo, às 19 horas. Ingressos: R$20,00 (apenas cheque e dinheiro). Mais informações no telefone 3284-0290.